Nesta semana, a lenda do automobilismo volta a falar de um piloto da Fórmula 1. Um nome indicado por uma de nossas integrantes de paddockando, e que foi influência e considerado como ídolo por Ayrton Senna: Juan Manuel Fangio.
Foi em junho de 1911 na Argentina que nasceu Juan Manuel Fangio, vindo de uma família humilde e que batalhava por suas conquistas. Aos doze anos, o piloto abandonou os estudos para trabalhar em uma oficina de mecânica, e foi a partir desses momentos, em que se apaixonou pelo automobilismo. Foi aos 18 anos que disputou sua primeira corrida, terminando na última posição, porém, isso não foi o suficiente para faze-lo desistir desse novo sonho.
Fangio precisou servir ao exército, onde foi motorista, abriu sua própria mecânica, e no ano de 1936, estreou na categoria de Turismo de Estrada na Argentina. Dois anos depois, estreou na categoria de turismo carretera, e foi ali que começou sua série de vitórias. Venceu as mil milhas da Argentina, e foi o bi-campeão da categoria em 1940 e 1941.
Foi em suas vitórias que começou a escrever seu nome pelo território argentino, porém, seu sonho de pilotagem teve outra pausa, em virtude da Segunda Grande Guerra. No ano de 1947, conseguiu com que o governo lhe patrocinasse e foi disputar prêmios na Europa. Esses aos quais, formaram posteriormente a maior categoria de automobilismo mundial, a Fórmula 1. Com isso, podemos dizer que o piloto argentino chegou a disputar oficialmente o primeiro campeonato de Fórmula 1 da história.
Estreou na Alfa Romeo, onde ganhou metade das corridas da temporada, ficando com o vice campeonato, perdendo para o seu companheiro de equipe. Porém, foi no ano seguinte, em que o piloto conquistou seu primeiro título mundial.
Fangio teve sua carreira interrompida novamente no ano de 1952. Devido a um acidente grave, onde chegou a ser arremessado para fora do carro, o piloto ficou uma temporada toda sem competir, retornando em 1953, onde se tornou vice-campeão.
Mas nem o acidente o impediu de conquistar seus sonhos, e após uma mudança de equipe, indo para a Mercedes, o piloto conquistou seu bicampeonato, e foi aí que começou a sequência de quatro títulos mundiais, e se tornado uma referência dentro do esporte.
Em virtude de problemas na equipe Mercedes, Fangio se mudou para a Ferrari, onde conquistou um título pela equipe italiana. Porém, por complicações entre Enzo Ferrari e o piloto, sua passagem pela escuderia foi curta, fazendo com que ele retornasse a Maserati.
Foi nessa equipe e em um dos carros mais improváveis, que conquistou seu quinto e último campeonato.
No ano de 1958, o piloto anunciou sua aposentadoria. Aos seus 47 anos, deixando em sua história, um legado gigantesco, de um piloto apaixonado em busca de seus sonhos. E sua relação com o esporte não acabou por aí, chegou a ser presidente da Mercedes-Benz Argentina e em 1987 virou presidente honorário da escuderia.
No ano de 1995, Fangio faleceu devido a uma insuficiência renal crônica, deixando esse plano sendo um dos maiores nomes da história do automobilismo.
Aos seus oitenta anos, Fangio disse uma de suas frases emblemáticas: “Fui apenas um corredor de automóveis. Não fiz nada para o bem da humanidade". Talvez, o piloto nem saiba que se tornou um ídolo de referência para seu país, para outros grandes nomes mundiais, sendo fonte de inspiração para muitos jovens pelo mundo afora. Além disso, conquistou cinco títulos mundiais, escreveu seu nome na história de uma forma surpreendente, e mesmo com tantas chances de desistir, o piloto continuou até o momento em que quis deixar as pistas. Seguiu sempre suas vontades e escolhas, e é por isso que podemos dizer que Fangio estava errado em sua frase.
Ele fez coisas incríveis para a humanidade, trazendo leveza e diversão para aqueles que assistiam ao esporte. Uma pessoa que inspirou outras lendas e que levou o nome do seu país ao mundo de uma forma diferente. Fangio trouxe alegria após as destruições da Segunda Grande Guerra, pois as vitórias e as corridas que fez depois disso, foram motivos de mudanças e tranquilidade para quem o assistia.
Sua passagem pela Fórmula 1 pode ter sido curta, mas seu legado é eterno. Nessa saga de lendas do automobilismo, não poderíamos deixar de fora o grande nome que és Juan Manuel Fangio.
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